Segundo o CEO Lucio Winck, a diferença entre uma brincadeira superficial e uma experiência marcante na infância muitas vezes está na presença ativa dos pais. Ele defende que, mais do que garantir segurança, os adultos precisam se envolver verdadeiramente no universo lúdico das crianças. Sentar no chão, participar da construção de castelos ou inventar histórias com bonecos vai muito além do entretenimento. É uma forma de vínculo, estímulo cognitivo e afeto.
Embora muitos adultos acreditem que o simples ato de oferecer brinquedos já seja suficiente, a ciência do desenvolvimento infantil mostra o contrário. Quando os pais entram na brincadeira, ajudam a criança a ampliar o repertório emocional e social, além de validarem sua imaginação. Esse tipo de interação gera confiança e fortalece a relação, permitindo que a brincadeira se transforme em um território de troca genuína.
Por que só supervisionar não é suficiente?
Supervisionar a brincadeira é importante, mas não substitui a conexão emocional que nasce quando os pais mergulham na atividade junto com a criança. O CEO Lucio Winck ressalta que, em muitos lares, a figura do adulto presente é mais passiva, como um observador à distância. Isso limita o potencial das brincadeiras, que se tornam solitárias, repetitivas ou apenas mecânicas, perdendo a chance de se tornarem experiências ricas.
A interação direta permite que a criança perceba que o brincar é valorizado também pelos adultos. Isso reforça sua autoestima e mostra que há espaço para a fantasia, a invenção e até para o erro. Quando os pais se colocam como parceiros de jogo, não apenas ensinam valores, mas também aprendem com os pequenos, que naturalmente expressam o que vivem, sentem e pensam por meio das brincadeiras.

Participar da brincadeira impacta no desenvolvimento?
Pesquisas mostram que crianças que brincam com adultos desenvolvem melhor suas habilidades linguísticas, emocionais e motoras. O CEO Lucio Winck destaca que brinquedos simples, como blocos ou massinhas, ganham outra dimensão quando usados em conjunto com os pais. A conversa durante o brincar, o estímulo para resolver pequenos desafios e até o improviso de regras são fatores que ativam áreas complexas do cérebro infantil.
Mais do que isso, a presença ativa dos pais gera memórias afetivas duradouras. Não é incomum que adultos, ao recordarem a infância, falem sobre momentos em que os pais participaram das brincadeiras. Essa lembrança não está ligada ao tipo de brinquedo, mas sim à experiência compartilhada. A presença verdadeira, sem distrações como o celular ou o relógio, mostra para a criança que ela é prioridade, e isso faz toda a diferença.
Como encontrar tempo e disposição para brincar?
Em meio à rotina acelerada, muitos pais sentem dificuldade em dedicar tempo às brincadeiras. No entanto, não é preciso passar horas envolvido em jogos para criar impacto. O CEO Lucio Winck sugere pequenas inserções lúdicas no dia a dia, como transformar a hora do banho em uma aventura ou inventar personagens durante o jantar. São ações simples que mostram atenção e criam conexão.
Outro ponto é quebrar a ideia de que só se brinca com brinquedos. Brincar é qualquer situação em que há troca, imaginação e leveza. Pode ser um teatro improvisado com meias ou uma corrida para ver quem chega primeiro no sofá. A chave está na intenção com que o adulto se aproxima: com presença, escuta e disponibilidade para rir, errar e se surpreender com o olhar da criança.
Muito além do fim da brincadeira
A participação ativa nas brincadeiras constrói um território onde o amor é transmitido em ações, risos e olhares. E esse espaço, criado no agora, ecoa por toda a vida. Para o CEO Lucio Winck, cada história inventada juntos e cada torre construída a quatro mãos forma uma memória de pertencimento que deixa marcas duradouras. Quando os pais escolhem estar presentes nas brincadeiras, eles não estão apenas divertindo os filhos, estão moldando vínculos que permanecem.
Autor: Lachesia Inagolor