A tecnologia contra o fogo em Mato Grosso do Sul tornou-se uma ferramenta vital no enfrentamento aos incêndios que assolam o campo durante o período de seca. Com a chegada do inverno e das estiagens prolongadas, produtores rurais enfrentam desafios constantes para conter queimadas, muitas vezes imprevisíveis e devastadoras. Nesse cenário, o governo estadual, por meio do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, decidiu apostar na tecnologia contra o fogo como estratégia principal para proteger o solo, o ar e a vida.
Duas plataformas digitais surgem como protagonistas na missão da tecnologia contra o fogo: o Siriema e o Cifal. O Siriema, voltado para o licenciamento ambiental, facilita a legalização das práticas de queima controlada, exigindo a autorização prévia dos bombeiros e a obediência a critérios climáticos. Já o Cifal entrega mapas detalhados sobre vegetação seca, biomassa acumulada e áreas críticas, possibilitando ao produtor planejar as ações com base em dados reais. Assim, a tecnologia contra o fogo se alia ao planejamento agrícola e ambiental com precisão.
A utilização da tecnologia contra o fogo acontece num momento em que o estado se encontra sob decreto de emergência ambiental. Essa medida permite, por exemplo, que produtores privados abram aceiros de até 50 metros sem licenciamento prévio, como forma de criar barreiras naturais contra o avanço das chamas. A legislação temporária, no entanto, não reduz a importância da prevenção e da responsabilidade: mesmo com a facilidade legal, o uso da tecnologia contra o fogo é fundamental para garantir segurança e eficácia.
Nas áreas públicas, a responsabilidade recai sobre o poder público, que, através do Imasul e em parceria com o Corpo de Bombeiros, realiza monitoramento remoto e intervenções emergenciais. Com apoio da tecnologia contra o fogo, essas ações tornaram-se mais rápidas e pontuais. As plataformas permitem visualizações em tempo real, o que aumenta a capacidade de resposta das autoridades diante dos focos de incêndio e reduz o tempo de atuação entre o alarme e o combate efetivo.
Outro destaque da tecnologia contra o fogo é o incentivo à chamada queima prescrita. Essa prática técnica e controlada, regulamentada e acompanhada por profissionais capacitados, reduz a carga de material inflamável e impede que incêndios naturais ganhem proporções catastróficas. A tecnologia contra o fogo contribui para a execução dessas queimas de forma segura, usando mapas e dados climáticos atualizados para escolher os momentos ideais.
A transformação digital do campo e da gestão ambiental é um reflexo da necessidade urgente de modernizar o combate ao fogo. A tecnologia contra o fogo surge como um elo entre o saber científico, a inteligência artificial e a prática tradicional do homem do campo. Com ela, Mato Grosso do Sul caminha para uma agricultura mais segura, produtiva e sustentável, onde o progresso não exclui o cuidado com a natureza.
Apesar do avanço, especialistas alertam que a tecnologia contra o fogo não é uma solução isolada. Ela precisa estar integrada a políticas públicas de preservação ambiental, campanhas educativas e apoio técnico constante. A conscientização do produtor rural sobre o uso dessas ferramentas e a colaboração com os órgãos ambientais são determinantes para que os sistemas como Siriema e Cifal alcancem todo seu potencial.
O investimento contínuo em inovação e no fortalecimento da tecnologia contra o fogo mostra que o Mato Grosso do Sul está disposto a enfrentar o desafio das queimadas com inteligência, estratégia e responsabilidade. A seca pode ser implacável, mas com o auxílio da tecnologia contra o fogo, o campo sul-mato-grossense encontra novos meios de resistir às chamas, proteger sua biodiversidade e garantir um futuro mais verde e seguro.
Autor: Lachesia Inagolor
