O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou em 12 de março a construção de três novos Institutos Federais (IFs) no estado de Mato Grosso, como parte de um projeto nacional que prevê a criação de 100 novos campi em todo o Brasil. O investimento total, incluído no Novo PAC, é de R$ 3,9 bilhões, com melhorias em unidades já existentes.
As cidades escolhidas para receber os novos institutos são Água Boa, Canarana e Colniza, onde essas instituições serão pioneiras. Juntas, essas localidades têm uma população superior a 80 mil pessoas, que serão amplamente beneficiadas pela chegada dos IFs.
Os Institutos Federais oferecem educação profissional e tecnológica gratuita, além de cursos de nível básico e superior. Por lei, pelo menos 50% das vagas devem ser destinadas a cursos técnicos de nível médio, preferencialmente integrados ao ensino médio.
A expansão tem como foco ampliar o acesso à educação profissional e tecnológica, criando oportunidades para jovens e adultos, especialmente para os mais vulneráveis. O programa visa criar 140 mil novas vagas, com ênfase em cursos técnicos integrados.
Do valor total do investimento, R$ 2,5 bilhões serão destinados à construção dos novos campi, enquanto R$ 1,4 bilhão será utilizado para melhorar as unidades existentes, com obras como a construção de refeitórios, ginásios, bibliotecas e aquisição de novos equipamentos.
Além dos benefícios para a educação, a construção dos novos institutos impulsionará o setor da construção civil nas cidades escolhidas, gerando empregos e renda localmente. Após a conclusão, as novas instituições também terão impacto positivo no desenvolvimento econômico e social da região.
Essa expansão marca a retomada dos investimentos na educação profissional, após quase uma década sem grandes avanços na Rede. O projeto é visto como uma das políticas educacionais mais bem-sucedidas do país, levando educação de qualidade a regiões remotas e fora dos grandes centros.
Em 2002, o Brasil contava com apenas 140 escolas técnicas. A criação de 38 IFs em 2008 e a expansão durante os governos de Lula e Dilma fizeram com que a Rede Federal crescesse para 682 unidades, com mais de 1,5 milhão de estudantes. Com os novos campi, a rede alcançará 782 unidades, reforçando seu papel crucial na educação profissional e tecnológica no Brasil.