Como elaborar defesas em autuações fiscais relativas a tributos específicos: foco no IRPJ e CSLL

Lachesia Inagolor
By Lachesia Inagolor 5 Min Read
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Leonardo Manzan orienta como elaborar defesas eficazes em autuações de IRPJ e CSLL.

Leonardo Manzan, especialista em direito tributário, aponta que as autuações fiscais envolvendo o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) são frequentes nas empresas brasileiras. Por este motivo, compreender a origem dessas autuações e estruturar uma defesa técnica consistente é essencial para evitar prejuízos financeiros e operacionais. A atuação estratégica pode fazer a diferença entre o sucesso ou o insucesso na resolução dessas demandas.

Iremos abordar neste artigo os principais pontos relacionados às defesas em autuações específicas desses tributos, com foco na atuação preventiva e reativa das empresas. Aprenda sobre este assunto, a seguir!

Quais são as causas mais comuns das autuações fiscais relativas ao IRPJ e CSLL?

A principal origem das autuações fiscais envolvendo o IRPJ e a CSLL é a divergência na apuração do lucro tributável. Muitas empresas cometem erros na classificação de receitas e despesas, resultando em valores incorretos declarados à Receita Federal. Conforme Leonardo Manzan, essas inconsistências são detectadas por meio do cruzamento de informações entre os sistemas eletrônicos da administração tributária e as declarações entregues pelos contribuintes.

Outro fator comum está na interpretação equivocada de regimes de tributação, como o Lucro Real, Lucro Presumido ou Arbitrado. A escolha inadequada do regime pode acarretar recolhimentos a menor ou a maior, gerando autuações, multas e acréscimos legais. A depender do volume financeiro envolvido, a penalidade pode comprometer seriamente a continuidade da atividade empresarial.

Como as empresas podem se preparar para uma defesa eficiente?

A elaboração de uma defesa eficaz começa com o diagnóstico técnico e jurídico da autuação. A análise dos autos de infração, acompanhada da verificação detalhada dos documentos e informações fiscais, é o primeiro passo. De acordo com Leonardo Manzan, é necessário avaliar se houve, de fato, erro do contribuinte ou interpretação equivocada por parte da fiscalização. Com essa base, é possível formular uma argumentação sólida, sustentada por provas e pela legislação aplicável.

Em caso de autuação? Leonardo Manzan ensina como agir com foco nos tributos certos.
Em caso de autuação? Leonardo Manzan ensina como agir com foco nos tributos certos.

Além disso, o conhecimento aprofundado sobre a jurisprudência atual é crucial. Os tribunais administrativos e judiciais têm adotado entendimentos variados em relação a determinadas práticas fiscais. Por isso, é importante alinhar a tese de defesa com os precedentes mais favoráveis. O uso de pareceres técnicos e contábeis também fortalece a argumentação, demonstrando a boa-fé do contribuinte e a regularidade dos procedimentos adotados.

Quais são os tipos de recursos disponíveis para contestar autuações?

As empresas autuadas podem recorrer à esfera administrativa, apresentando uma impugnação ao auto de infração no prazo legal. Esse recurso é analisado pelas Delegacias da Receita Federal de Julgamento (DRJ). Caso a decisão não seja favorável, é possível interpor recurso ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). Leonardo Manzan alude que essa via permite uma análise técnica e imparcial dos argumentos apresentados, sendo uma oportunidade de reverter a penalidade sem recorrer ao Judiciário.

Se esgotadas as possibilidades na via administrativa, o contribuinte ainda pode ingressar com ação judicial. Nesse caso, é fundamental avaliar os riscos e benefícios de levar a questão à Justiça. A atuação coordenada entre os setores jurídico e contábil da empresa é indispensável para garantir uma boa estratégia processual. A depender do caso, pode-se pleitear, inclusive, medidas liminares para suspensão da exigibilidade do crédito tributário até o julgamento final.

A gestão de autuações fiscais envolvendo o IRPJ e a CSLL exige conhecimento técnico, estratégia e organização. Atuar de forma preventiva, com auditorias internas e planejamento tributário eficiente, reduz significativamente o risco de autuações. No entanto, quando estas ocorrem, a defesa precisa ser elaborada com base sólida e com atenção a todos os detalhes processuais e materiais.

Segundo Leonardo Manzan, o sucesso em uma defesa tributária está diretamente ligado à capacidade de demonstrar a correção das práticas adotadas pela empresa, ou, se for o caso, o equívoco da autoridade fiscal. Com uma abordagem profissional e bem fundamentada, é possível não apenas evitar penalidades, mas também garantir a segurança jurídica e a continuidade dos negócios. Por isso, é essencial que as empresas estejam sempre bem assessoradas por profissionais experientes e atualizados quanto às constantes mudanças na legislação tributária.

Autor: Lachesia Inagolor

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