O papel das energias oceânicas ganha cada vez mais relevância nas discussões sobre transição energética, e, de acordo com Luciano Guimaraes Tebar, esse movimento pode redefinir a matriz energética mundial nas próximas décadas. A exploração de fontes como ondas, marés e correntes marítimas desponta como alternativa promissora para complementar o mix energético e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
Paralelamente, observa-se que as energias oceânicas oferecem vantagens importantes em termos de previsibilidade e abundância. Diferentemente de outras fontes renováveis, a dinâmica dos mares apresenta ciclos mais estáveis, o que aumenta a segurança de fornecimento e desperta o interesse de empresas e investidores em escala global.
Energias oceânicas como vetor de inovação sustentável
A energia das marés e das ondas já está sendo testada em diversos países por meio de projetos-piloto e usinas experimentais. Além da geração elétrica, pesquisas apontam para aplicações como dessalinização da água, produção de hidrogênio verde e integração com sistemas de energia solar e eólica.
Nesse contexto, Luciano Guimaraes Tebar sugere que empresas que direcionam recursos para desenvolver tecnologias oceânicas podem conquistar protagonismo na economia de baixo carbono. A diversificação de investimentos nesse campo fortalece a resiliência das corporações e contribui para o alcance das metas globais de descarbonização.
Outro ponto a destacar é que a inovação em equipamentos subaquáticos e em materiais resistentes à corrosão vem acelerando a viabilidade econômica do setor. A combinação de ciência e engenharia pode tornar a energia oceânica uma das bases mais competitivas da matriz energética do futuro.
O impacto financeiro da exploração oceânica
A expansão das energias oceânicas tem potencial de movimentar trilhões de dólares em investimentos nas próximas décadas. Empresas de infraestrutura, tecnologia e energia já avaliam formas de integrar esses projetos em suas estratégias de crescimento, criando novas cadeias produtivas e fortalecendo sua posição no mercado global.
Luciano Guimaraes Tebar também nota que fundos especializados em sustentabilidade começam a incluir iniciativas oceânicas em seus portfólios, atraídos pela possibilidade de retornos consistentes alinhados a compromissos ambientais. Esse movimento reforça o papel da transição energética como fator de competitividade no mercado financeiro internacional.

Outro reflexo importante está no impacto positivo sobre regiões costeiras. A instalação de usinas oceânicas pode estimular economias locais, gerar empregos qualificados e fomentar setores associados, como manutenção, transporte marítimo e fornecimento de equipamentos de alta tecnologia.
Países como Reino Unido, Portugal, Noruega e Japão já avançam em projetos de energia oceânica, tornando-se referências para o setor. Essas experiências demonstram que a combinação de políticas públicas de incentivo, investimentos privados e inovação tecnológica pode acelerar a consolidação dessa fonte renovável.
Desafios regulatórios e ambientais da energia oceânica
Apesar do potencial expressivo, as energias oceânicas ainda enfrentam obstáculos significativos. O alto custo de implantação, a complexidade técnica e a falta de regulamentação internacional clara dificultam a expansão em larga escala e reduzem a previsibilidade para investidores.
Nesse sentido, ressalta Luciano Guimaraes Tebar, a cooperação global será determinante para superar essas barreiras. Investimentos conjuntos em pesquisa, incentivos fiscais e marcos regulatórios transparentes podem acelerar a consolidação do setor e aumentar a confiança de investidores internacionais.
Também é importante considerar os impactos ambientais. A instalação de turbinas e equipamentos no mar pode alterar ecossistemas e afetar espécies marinhas. Por isso, a adoção de práticas responsáveis e estudos de impacto ambiental rigorosos são fundamentais para garantir que o desenvolvimento seja sustentável e socialmente aceito.
Promessa ou realidade para a economia global?
A incorporação das energias oceânicas à matriz energética mundial representa uma oportunidade estratégica para empresas e países. Além de diversificar o fornecimento, essas fontes podem fortalecer a segurança energética, reduzir emissões de carbono e apoiar o combate às mudanças climáticas.
Assim, Luciano Guimaraes Tebar evidencia que investir em energias oceânicas não deve ser visto apenas como alternativa experimental, mas como aposta no futuro da economia sustentável. O desafio das próximas décadas será transformar essa promessa em realidade, consolidando os mares como aliados da transição energética global e como fonte de prosperidade para investidores, empresas e sociedades em todo o mundo.
Autor: Lachesia Inagolor