Por que escolher um FIDC em vez de outros tipos de fundos?

Lachesia Inagolor
By Lachesia Inagolor 5 Min Read
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Rodrigo Balassiano

Como frisa o especialista Rodrigo Balassiano, nos últimos anos, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) têm ganhado destaque no mercado financeiro brasileiro. Essa modalidade de investimento tem se mostrado uma alternativa interessante para diversificar carteiras e buscar retornos atrativos. Mas o que diferencia os FIDCs de outros tipos de fundos disponíveis no mercado? Neste artigo, vamos explorar as principais razões pelas quais os investidores podem optar por essa classe de ativos.

Qual é o diferencial dos FIDCs em termos de rentabilidade?

Os FIDCs costumam oferecer uma rentabilidade mais alta quando comparados a outros tipos de fundos, como os de renda fixa tradicionais. Isso ocorre porque os direitos creditórios que compõem a carteira desses fundos são geralmente originados de operações com taxas de juros mais elevadas, como financiamentos ou recebíveis empresariais. A estrutura dos FIDCs também permite a exploração de oportunidades específicas do mercado de crédito, o que pode resultar em retornos superiores.

No entanto, é importante ressaltar que a maior rentabilidade também está associada a riscos mais elevados. Rodrigo Balassiano informa que, diferentemente de fundos de renda fixa que investem em títulos públicos ou debêntures de alta qualidade de crédito, os FIDCs podem estar expostos à inadimplência ou liquidez reduzida. Por isso, é essencial que o investidor avalie cuidadosamente o nível de risco envolvido e a gestão do fundo antes de tomar uma decisão.

Os FIDCs oferecem maior diversificação para a carteira de investimentos?

Sim, os FIDCs podem ser uma excelente ferramenta para diversificar a carteira de investimentos. Ao adicionar ativos baseados em direitos creditórios, o investidor amplia sua exposição a diferentes setores da economia e reduz a dependência de classes tradicionais, como ações ou títulos públicos. Essa diversificação ajuda a mitigar riscos, especialmente em cenários de volatilidade no mercado financeiro.

Rodrigo Balassiano
Rodrigo Balassiano

Ademais, os FIDCs podem ser estruturados de maneira flexível, permitindo que o investidor escolha entre diferentes perfis de risco e retorno. Por exemplo, alguns fundos focam em recebíveis de empresas de grande porte com baixo risco de inadimplência, enquanto outros se concentram em segmentos mais arriscados, como crédito imobiliário ou agrícola. Por isso, como explica Rodrigo Balassiano, essa variedade possibilita que o investidor ajuste sua alocação de acordo com seus objetivos e tolerância ao risco.

Quais são as vantagens tributárias dos FIDCs?

Uma das principais vantagens dos FIDCs é o tratamento tributário diferenciado em relação a outras categorias de fundos. Para investidores pessoas jurídicas, os rendimentos distribuídos pelos FIDCs são isentos de Imposto de Renda, desde que o fundo seja classificado como “não padronizado” e tenha pelo menos 50 investidores. Essa característica torna os FIDCs particularmente atraentes para empresas que buscam maximizar seus retornos líquidos.

Para pessoas físicas, a tributação segue regras semelhantes às de outros fundos de renda fixa, com alíquotas regressivas de IR conforme o prazo de permanência no investimento. Apesar disso, a isenção para pessoas jurídicas ainda representa um ponto positivo significativo, especialmente para aquelas que desejam otimizar sua estratégia de investimentos. Como destaca o especialista Rodrigo Balassiano, é importante lembrar que o impacto fiscal deve ser sempre avaliado em conjunto com os demais aspectos do fundo.

Desse modo, optar por um FIDC pode ser uma decisão estratégica para investidores que buscam rentabilidade e vantagens tributárias. Com retornos potencialmente mais altos e a possibilidade de acesso a diferentes setores da economia, os FIDCs são uma alternativa interessante para quem deseja sair do convencional. Mas é fundamental entender os riscos envolvidos e realizar uma análise criteriosa antes de aplicar. Afinal o equilíbrio entre risco e retorno deve ser sempre considerado.

Autor: Lachesia Inagolor

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